Andando... no tempo ausente,
o coração dormente.
Passeando no beijo do vento,
tão leve se torna o pensamento.
Leve o que não se espera.
Contudo impaciente o desejo,
a vontade de ser tudo o que se sente.
Andando pelas horas desencontradas
entre as manhãs e as madrugadas.
Levemente para não acordar
quem dorme nos braços de um sonho leve
que acredita como vida.
O silêncio de quem não sente
é a própria vida adormecida.
Insidioso o vento que tudo leva e nada devolve.
Coração que não ouve, coração que não resolve.