Tudo é eterno enquanto
dura, diz o poema...
as pessoas, as nuvens, os sentimentos...
Mas não
encontro grande sentido numa tão óbvia
condenação ao esquecimento.
Acredito que é pelo que nos fica depois do fim que se mede
a eternidade
do que foi enquanto durou.
Às vezes castelos, outras vezes areia.
O que é
eterno é a mão cheia que nos fica do que o tempo nos roubou.
Porque não existe outra eternidade que não aquela que
soubermos guardar e amar sem idade.
E o que se ama é, em nós, incondicionalmente infinito.