Estava aqui deitado na minha cama, neste domingo silencioso, conversando comigo mesmo sobre como com o tempo percebemos que a gente não ama apenas de um jeito. Não ama apenas uma pessoa, lugar ou causa. Não ama igual no inÃcio, no meio ou no fim. Não ama igual ao longo de uma vida.
No guarda-chuva do amor cabem as borboletas no estômago, o derreter-se do beijo, o flutuar do encantamento, o fogo da paixão, o deleite pela vida e a calma de simplesmente ser você mesmo. Cabe mais do que isso, inclusive. (E isso sem contar as sombras: Cegueira, ciúmes, apego, loucura.)
Quando tentamos colocar o amor numa caixinha, por mais linda que ela seja, corremos o risco de reduzi-lo a uma palavra vazia num cartão cafona de dia dos namorados.
O amor não é 2D. Nem 3D. Ele permeia as diversas dimensões da nossa vida, transformando o simples em sublime, a ruptura em recomeço, a tragédia em transcendência.
O nosso desafio é encontrá-lo e promovê-lo sempre que possÃvel.
Fred Elboni