Esses dias atrás, chorei sozinha. Chorei pelos dias que descartei sem doar todo o meu amor a mim. Deveria ter tido mais iniciativa ao nascer do meu sorriso, deveria ter procurado acalmar mais o meu coração, em vez de enxugar as lágrimas de pessoas que hoje se escondem de mim.
Aos amores que vivi sejam eles românticos ou não, me doei demais. Fui entregue e presente quando me pediram para estender as mãos. Não que eu me arrependa de ter oferecido tudo de mim a quem estava ao meu redor, mas, ao fim, a intensidade é sempre uma balança injusta com o meu bem-estar. Sempre que me surpreendo negativamente com as pessoas, me questiono por qual motivo não me sacrifico mais por mim, não acordo disposta a cuidar dos meus propósitos e sonhos.
Os outros me parecem tão voláteis e eu me sinto tão descartável às vezes pela forma de tratamento para comigo.
Aprender a me respeitar é um lindo e silencioso conselho que me dou sempre que desperto pela manhã, embora que de uns tempos pra cá eu tenha conseguido o seguir completamente. Necessito me ouvir e repousar o meu coração na serenidade, pois essa coisa de ser todo coração, às vezes me tira a paz.