Um texto um pouco íntimo e diferente de tudo que já postei aqui pra compartilhar algo muito meu. Toda vez que percebo que o dia passou de forma corriqueira, cotidiana e automática, algo dentro de mim quer chorar. Dizem que quando a gente chora, é porque nos encontramos com alguma parte dentro de nós da qual estávamos com saudade. E eu tenho casa no saguão dos sentimentos. No ver magia no cotidiano. Então, em meio ao caos e as reuniões do dia, eu escolho parar por uns 10 minutos. Respirar. Agradecer pela minha saúde e a dos meus. Visualizar a história mais verdadeira e bela que eu consiga imaginar para a minha própria vida. Enxergar as infinitas possibilidades que existem a frente, esperando apenas a minha ação para que se tornem reais. Sentir na pele o arrepio de gratidão pelas bençãos que Deus coloca na minha vida, em forma de encontros, oportunidades e valores inegociáveis. Choro porque agradeço pelo futuro que me espera, porque é genuíno meu desejo de que meus amigos e minha família sejam seres humanos prósperos e felizes. Choro por me perdoar quando reconheço que me coloquei em situações que não mereço. Pelas saudades que tenho dos que já se foram, pela dor daqueles que não consigo curar. Choro de gratidão por estar viva, por me reconhecer enquanto a mulher que me torno a cada dia, pelo ser humano falho e assertivo que sou. Choro por tudo de triste e tudo de bonito que há em viver. Choro pedindo a única coisa que quero da vida, muito mais que qualquer desejo em si: Só quero que eu não me perca, dentre as inúmeras vezes em que acabo me perdendo no mundo.