O propósito nasce de propósito no peito da gente. Se aloja e cresce desvairado com o passar do tempo. Cria raízes fortes e laços afáveis com o nosso ser, se confundindo com o que somos. Propósito é próprio de cada um. E deve ser, acima de tudo, presente no pretexto: Quem perde o propósito, vira máquina sem manivela. Sem progresso. Não roda, não sai do lugar. Deixa de ter prosa a contar, já que não tem nada a se prender. Não é querendo fazer pressão, mas todo mundo precisa de um propósito. Quem não tem, deve procurar. Então, a própria busca se tornará o procurado. E logo somos curados. Curados da preguiça, da praga, do prejuízo. Paramos de presumir a vida e começamos a prepará-la. Deixamos de lado o pressuposto porque tudo passa a ser projetado. O viver torna-se primordial. O propósito provém de dentro de nós, porém não é sempre que pode ser compreendido. É assim mesmo. Temos tudo prescrito, mesmo escondido profundamente. Ninguém nasce à toa. O universo é inteiro proporcional: Proporcionou um propósito a cada princípio, para que nenhum ser fosse apenas prego solto pelas prateleiras despregadas da vida.
Rio-Doce