Mãe, as minhas dores eu carrego aqui no peito, como se tivesse carregando a do mundo inteiro. Dói e ameniza, mas com o tempo, sara. Não existe remédio melhor do que o santo tempo. Ah, eu olho pro céu e falo com as estrelas como se elas tivessem ouvidos. Eu tenho um violão e o nome dele é Billy, você me acha louco, mas com certeza ele é a melhor companhia para quem quer viajar nos tons das notas enquanto o mundo sofre a pior agressão. E ninguém ouve minha voz, só ele. Mãe, acho que se eu desse um pulo e levantasse meu dedo indicador para o alto, eu até conseguiria tirar um pedacinho de nuvem, e prová-la. A água do mar, eu provo para que eu nunca possa me tornar uma pessoa sem sal. Eu posso voar com as asas da minha inocência, e até talvez assim eu encontre minha essência. O que pra você é loucura, pra mim é a possível cura: Imaginação.