A gente vai crescendo e deixando nossos sonhos pra trás. Vamos enterrando nossos anseios por necessidades aparentemente mais urgentes. A gente vive deixando pedaços para trás. Vivemos atropelando nossos desejos. “Fazer balé pra quê, menina? Isso não dá dinheiro”. “Uma banda? Pra que você quer ter uma banda? Vai estudar menino”. A gente vive deixando tudo nos moldar, e numa necessidade louca de se encaixar, a gente morre de medo de alçar novos voos. Até se deparar com uma guerra dentro de si, ao olhar pra trás e ver que não se foi quem quis ser. E a guerra não acaba, mas os sonhos sim.