O Astronauta.

Hoje estava a olhar,
Um ponto perdido no infinito,
Quando de repente
Ouço coisa estranha
Semelhante a um grito.

Olho ao lado
Para ver quem fez
Ruído tão esquisito,
Não vejo nada,
Até parece que foi
Ilusão do espírito,
Mas eu sei
Que alguma coisa
Alguém havia dito.

Deve ser meu anjo da guarda
Que veio me trazer a farda
De astronauta,
Pois estou para fazer
A grande viagem,
Até a Constelação de Alfa Centauro,
Que faz mil anos
Que explodiu como um vulcão,
Lançando fragmentos, e traço,
Do meu DNA no espaço,
Nele contendo meus ancestrais
De Bengala,
Que fino e grosso fala.

Dessa grande explosão,
O único sobrevivente
Que conseguiu chegar a terra,
Fui eu, ando a procura,
Do grande amor da minha vida,
E talvez o encontre,
No beijo quente da tua boca.

Fernando Lucho