BODAS
A lareira da nossa casa,
Ardia em brasa,
Aquecia uma ala
Da sala.
Com certeza,
Dois copos de vinho na mesa.
Era inverno,
Terno,
Camisa gravata, sapato de puro couro,
Aliança de ouro,
No dedo esquerdo.
Ela,
No quarto dela,
Vestido branco,
Véu, grinalda, sapatos de fada
Não faltava
Mais nada.
Estávamos pronto
Para nosso encontro.
Saímos de mãos dadas,
Ela estava linda,
Uma beleza,
Bebemos o vinho da mesa.
Chegamos na porta,
Carruagem branca,
Quatro corcéis negros
Com plumas na cabeça.
Fiz as honras,
Deixei-a entrar primeiro,
Seu vestido
Comprido,
Cor de neve
Era tão Leve,
Ajeitei-o,
Entrei,
Sentei
A seu lado.
Partimos rumo ao infinito,
E num gesto tão bonito,
Ela colocou um cravo
Na lapela do meu terno.
Por longos dias,
Bebi do seu mel,
Ela do meu favo.
Com carinho,
Sedução, vinho,
E todas
Imaginações possíveis e impossíveis,
Celebramos novamente,
Nossas bodas.
Fernando Lucho
Amigos queridos me visitando...
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