Olho-me, e com toda a inquietude do meu ser sinto-me
Busco na menina doce que habita o meu ser a mulher que sou
Olho-me, e a menina segura à mão da mulher para que ela caminhe
Caminham juntos, e uma é o espelho da outra
No momento sinto uma força que me atravessa as entranhas
A menina doce, meiga e tão sonhadora mostra sua força
A força que está lá, viva e visceral
A menina cresce se fortalece diante daquela mulher
Misturam-se...
É uma simbiose, e da mesma forma que são fortes são frágeis
Mostram-se inteiras, e com o corpo à mostra são poderosas mesmo com toda fragilidade que possa parecer
Medo?
Sentem todos...
A mulher segura à mão da menina
A menina segura a mão da mulher
Medo? Muitos, e sentem cada um deles...
Mas, estão juntas e não sentem medo de sentir medo
São unas a menina mulher, a mulher menina
Enfim, são duas em uma só em mim, fora de mim, dentro de mim..