O pinheiro
Era uma vez um pinheirinho nascido no fundo de uma floresta.
Os raios dourados do sol acariciavam-no e a brisa dançava
por entre a sua verde ramagem.
O orvalho umedecia-lhe as raízes e ao seu redor
cresciam flores e ervilhas.
-Seja feliz, repetiam os raios dourados do sol.
Mas os pinheiro não se sentia feliz .
Ele queria ter grandes galhos e ser tão grande
galhos e se tão alto que pudesse ver o mundo lá de cima O
pinheirinho gostava tanto de conhecer outras terras
Atempo passou.
Chegou o natal.
Um lenhador entrou na mata olhou o pinheiro e disse;
-É preciso ser belo vou corta-lo
O pinheiro ficou cheio de alegria mas ao primeiro golpe
desfaleceu de dor.
Quando acordou estava numa rica sala enfeitada de fios
de ouro bolas de mil cores centenas de velhinhas e lá no alto uma
estrelas brilhantes.
Na noite de Natal crianças vieram cantar ao seu
redor
Como o pinheirinho se sentia feliz
Muitos dias se passaram arrancaram-lhe os enfeites e levaram
o pinheiro para um porão escuro. Nunca mais ele viu a luz do dia.
Começou, então, a pensar na mata, nos raios de sol, na brisa,
no cavalo, nas flores e até nas ervinhas.
Um belo dia farias pessoas entraram no porão.
Um criado arrastou o pinheirinho até o terraço
da casa e o jogou num canto do jardim.
Pouco depois um rapaz de machado em punho picou o pinheirinho
em pedaços e amarou-os num canto para queima-los por fim , todo
em cinzas acabou a euforia de um pinheirinho ambicioso que só soube
dar valor á felicidade depois que a perdeu.