Tarde sombria de inverno
Nuvens no céu carregadas
Noite que vai chegar
Luzes iluminam a cidade
Grilos cricrilam nos ouvidos
Silêncio da natureza
Chuva caindo no telhado
Arvores matando sua sede
Em volta do homem móvel
Pássaros que ainda voam
Cantando sua melodia
Perfeição na harmonia
Muitas espécies diferentes
Enfeitam o universo
Pulam de galho em galho
Explodem na felicidade
Sem maestro se encontram
Bailam pelo espaço
Voam na sua altura
Rastejam também no chão
Cada um tem seu ninho
Gera e cuida do filhote
Depois entrega ao vento
Mas teme a arma humana
Muitos em cativeiro morrem
A degradação do solo
Matas virgens queimadas
Choram vidas perdidas
Um acalanto, quando cuidados
Defendidos pelos seus
Aquece os corações gelados
Abriga para não morrer...
Maria de Fátima Lúcia Santana