Exercícios para Gagueira
Os exercícios para a gagueira
consistem em falar em alto e bom som, para uma, duas ou para um grupo
de pessoas. Para começar pode-se ler um texto sozinho, em voz alta em
frente ao espelho. Mas depois é preciso expôr-se e ir falando com outras
pessoas. Quanto mais falar, melhor.
A dica é que se gaguejar, guagueje, assuma-se como gago para as
outras pessoas. Este exercício fará com que o gago seja mais auto
confiante, se exponha mais e a tendência é a gagueira ir desaparecendo
com o tempo.
A gagueira é feita por um conjunto de fatores que formam um iceberg,
não conseguir falar fluentemente é só a ponta do iceberg, por isso, o
tratamento para a gagueira muitas vezes é feito com psicanálise, onde o
gago aprende mais sobre si mesmo e passa a sentir-se melhor com a sua
dificuldade.
Alguns casos de gagueira podem ser curados em semanas, outros podem
demorar meses ou anos, tudo vai depender de quanto tempo o indivíduo é
gago e da sua gravidade.
Os erros típicos da gagueira são freqüentemente acompanhados por
sintomas secundários, tais como: caretas, sapateado, e outras atitudes
estranhas que nada tem a ver com a produção da fala. Esses sintomas
aparecem a medida que aumenta a gravidade do distúrbio. De acordo com as
pesquisas, isso ocorre por medo de gaguejar. A gagueira pode ser
acontínua ou surgir apenas determinadas situações que sensibilizem a
criança. Muitos gagos falam com fluência quando estão sozinhos ou quando
cantam. Outros também ficam livres do distúrbio ao adotar determinada
postura, fazendo até um verdadeiro ritual: colocam a mão no bolso,
apertam as mãos ou inclinam a cabeça.
Classificação da gagueira quanto aos movimentos:
Simples – quando não acompanhada de movimentos;
Associada – quando acompanhada de movimentos.
Quanto à pronúncia:
- repetição da primeira sílaba;
- repetição de consoantes;
- prolongamento da primeira letra, seja consoante ou vogal.
Quanto ao aparecimento:
- continua, aparece em todas as condições;
- circunstancial, aparece em determinadas condições ou situações.
Quanto á emoção:
- primeira, quando não está ligada a emoção;
- secundaria, quando há evidencia de componentes emocionais.
Origem da gagueira
As concepções mais antigas salientavam os fatores orgânicos, como a
hereditariedade e a falta de preponderância de um hemisfério cerebral;
mas atualmente, o distúrbio é definido como anomalia de causas
múltiplas, que predispõem, determinam, desencadeiam ou agravam o quadro
clínico. Os tipos de prova apresentada em apoio a etiologia orgânica da
gagueira são:
A incidência do distúrbio em família de gagos é muito maior do que nas
famílias de não gagos, sugerindo uma possível base genética. A gagueira é
mais freqüente entre pessoas que usam a mão esquerda e entre pessoas
também canhotas, mas que mudam sua preferência original (prova usada
para apoiar a concepção da ausência de hemisfério cerebral dominante
como causa da gagueira).
Está associada o nascimento múltiplo (gêmeos) e a prematuridade.
Entre os gagos há uma incidência maior de distúrbios do sistema nervoso
central. Ainda no aspecto orgânico, várias teorias afirmam que a
gagueira é causada por perturbações do aparelho fonador. As mais
recentes supõem que o freio da língua muito curto ou longo seja
responsável pelo distúrbio.
As teorias neurológicas destacam, como possíveis causadores da gagueira,
os traumas de nascimento (acidentes de fórceps), as infecções por
encefalites ou moléstias infecciosas, como meningite, e as epilepsias.
A teoria glandular salienta que os distúrbio provem do aumento ou diminuição da função das glândulas sexuais e da supra-renal.
A gagueira também pode ser atribuída a causas funcionais. Dentre elas destacamos:
- O problema varia em função de fatores situacionais, como a perda de um
ente querido, um acidente ou quando a pessoa e severamente repreendida.
- A gagueira tem profundos componentes emocionais.
- Na maioria das vezes, desenvolve-se nos períodos em que a criança
sofre considerável pressão social (quando aprenda a falar, quando entra
na escola, na adolescência).
- Os pais de pessoas gagas em geral manifestam um padrão característico:
perfeccionismo em alto nível de aspirações para seus filhos.
- As teorias psicológicas afirmam que, em quase todos os casos, o
elemento desencadeador seria um distúrbio emocional, quer como um
conflito atual (stress ou crise) quer como ansiedade em evolução,
causada por conflitos progressivos.