E sua lágrima que rola tão pequena...
Uma gotinha como orvalho na flor,
Mas uma gotinha apenas...
Quem entenderá esse olhar triste?
Tão comovido e persistente,
Será que é uma saudade que existe?
Ou é quem existe que não se faz presente?
Triste lágrima comovente,
Rolando solitária em seu rosto,
E uma gotinha que se faz presente,
De um presente de dor ou desgosto...
Mas quem entenderá a sua dor?
E ler nos seus olhos de doce infância,
Dando-lhe provas de profundo amor,
E lhe amparando nestas circunstâncias...
E essa sua lágrima que rola tão pequena,
Secar, como gota no deserto,
Porque é uma gotinha apenas,
Por um amor que está tão perto...
Queria devolver a tua face,
O brilho que envolve seu sorriso,
Como que exterminasse,
A dor, com um tiro preciso...
E ver você fervendo de alegria,
E seu sorriso a todos repartindo,
Distribuindo sua poderosa magia,
E aos meus olhos divertindo...
E deles poder roubar,
A atenção diante das cenas,
De alguém que não posso ver derramar,
Nem que seja uma lágrima apenas...
Autoria: Marcos Ramos