Eis uma pergunta difícil de ser respondida - creio que até pelo mais brilhante psicólogo ou psicanalista.
A questão é que o que vai por dentro; só a gente sabe...
Decepções podem advir de grandes expectativas
em relação ao outro. Grande amizade, carinho, respeito,
consideração..., mas só de uma parte: a sua.
As decepções são involuntárias. Você,
simplesmente, não as controla. São como cristais que deslisam de suas
mãos ao chão... Chance zero de colar os caquinhos.
Tem mais, você pode se decepcionar por se
sentir subestimado; inconveniente. Aquele que causa desconforto
exatamente na pessoa pela qual você se "apegou". E se "apegou" por ver
nessa pessoa virtudes, como: bondade, honestidade, simplicidade, amor ao
próximo, verdade... E aí, de repente, não é nada disso... Aquela pessoa
é apenas mais um egoísta da face dessa Terra tão grande. Apenas mais um
com um colorido e paisagem diferente... Mas, tão somente e apenas mas um...
Aí você pensa... "Acho que o erro é meu. Vejo o que não exite. Leio o que não está escrito. Escuto o que nem foi dito. "
É... É mesmo muito complicado o que vai por dentro da gente...
Então chega aquele momento da decisão.
Continuar ou não. Chega o momento da escolha: viver ou não aceitando
tudo o que é real ou irreal no outro?
Chega o momento do diálogo. Mas diálogo não
há... O outro acha que te conhece, te analisa por cima e "bate o
martelo" do juízo...
A falta de diálogo mata toda e qualquer
possibilidade de amizade e amor para com o próximo. E a arrogância deste
faz você desisir para que possa sobreviver...
É isso. Você se afasta daquela praia até
naufragar. Mas não faz mal. Deus acalma o mar e manda socorro, ainda que
chova tanto que mar, lágrima e chuva sejam em sua face uma água só...
Por Taninha Nascimento