É na paz do teu olhar, cheio de amor:
No arroubo da sua luz, que me
ilumina:
No seu fulgor ingénuo de menina,
Onde embate meu ego, com
fragor!
É nesse mar imenso de ternura;
No amplexo envolvente
da sua calma,
Onde se espalha a pureza da tua alma
E onde mergulha
a minha e se depura!
Quando, um dia, decrépito, no fim,
Já
muito perto da última viagem,
Rezarei para estares junto a mim.
E
no meu leito de morte, moribundo,
Gravarei, nas pupilas, tua imagem
-Meu
doce guia, lá no outro mundo.
ADRIANO FERREIRA