Páginas Proibidas
A mim tu és transparente Quase posso ler tua mente Tanto sei da tua vida Conheço bem cada detalhe Das expressões do teu rosto A mim não sabes fingir Te posso sentir sem toca-lo Teu semblante me revela Teus olhos são amplas janelas Eles não mentem jamais Como te sou transparente Quanto a água da nascente Minhas mãos, tuas mãos intercaladas Não nos deixa esconder nada Sou um livro de páginas abertas Escrito por linhas tortas, horas certas Sem emoção, nem aventuras Nem romances nem segredos, enfim... É pouco, mas tudo de mim Porém, no livro da tua vida Há páginas por mim não lidas Apenas supostas, escondidas Fechadas, protegidas Páginas proibidas (Lena Siebra |