Não me peças que te ame novamente,
pois sei
que chegará o amanhã,
e não terás amor para me dar.
Não me seduzas com teus doces beijos,
pois
sei que na rotina da distância,
na lembrança, logo irás me
sepultar.
Não me comovas com esse falso pranto,
não
quero acreditar na tua lágrima,
e assim que saias, sei que ela
secará.
Não me prometas mais os belos sonhos;
pois
são somente sonhos, nada mais,
e o tempo sábio, logo os
apagará.
Não me digas que o sol ainda existe;
não me
importa o calor de suas chamas,
porque eu sei, só a noite
ficará.
Não me faças mais loucas promessas,
nem me
digas o que minha alma,
em desespero, quer ainda escutar.