“Eu sentava naquele banco todos os dias, segurava um livro, e lia algumas das citações que eu mais gostava em silêncio. Certa vez, ele se aproximou e se sentou ao meu lado. É engraçado, porque com ele ali, eu me sentia nervosa, não conseguia me concentrar, ora pensava que queria que ele saísse de lá, vez ou outra discutia com ele por me atrapalhar a ler. Passado alguns dias em que ele havia adotado meu banco pra si, ele não apareceu, eu deveria me sentir confortável novamente, naquela zona de sossego e inquietude, mas não foi bem assim. Nesse momento que eu reparei o quanto sentia a sua falta. Sentia falta de quando no dia ele passava a ponta dos dedos nas folhas, só para atrapalhar a minha leitura. Sentia falta de quando ele me chamava de linda e me fazia rir em meio a uma frase que eu tentava ler. Sentia falta, senti, e murchei, entristeci, estava sozinha, fechei o livro e coloquei sobre as pernas, fechei os olhos e suspirei baixinho lamentando a solidão. Cinco minutos depois ele apareceu quietinho e sem que eu percebesse sentou ao meu lado dizendo - “Sim, eu também senti a sua falta” - E foi ali naquele momento em que eu aprendi o que era de verdade o amor.” LISTENNING: ANYWHERE BUT HERE - SAFETYSUIT Love Always, Mandy.