Se cremos encontrar faltas no governo de Deus, estamos virtualmente supondo que somos capazes de ser seus conselheiros; quando na realidade seria mais conveniente, com grande humildade e adoração, clamar com o apóstolo (Romanos 11.33-36): “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Por que quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”.
Se houvesse meninos que levantassem a voz para criticar os órgãos legislativos de seu país ou para colocar em causa de juízo as decisões do poder executivo, não se estimaria que eles estavam se intrometendo em coisas demasiado elevadas para eles? E quem somos nós senão bebês? Pois nossas inteligências são infinitamente menores do que as dos bebês, em comparação com a sabedoria de Deus. O [mais] sensato para nós é levar isto em conta e ajustar nosso comportamento a isso. Diz o Salmo 131:1,2: “SENHOR, o meu coração não se elevou nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito elevadas para mim. Certamente que me tenho portado e sossegado como uma criança desmamada de sua mãe”.
Esta única compreensão da distância infinita entre Deus e nós, e entre o entendimento de Deus e do nosso, deveria ser suficiente para nos silenciar e para acatarmos com serenidade tudo o que Deus faz, não importa o quanto possa parecer misterioso ou ininteligível.
Parte da pregação de Jonathan Edwards
(1703-1758)
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