Algumas petições.
Há exemplos que nos vêm do passado e que ilustram o dever que temos de apresentar a Deus os nossos problemas pessoais:
Ezequias ora por uma vida mais longa (2Reis 20.5-6 ; Isaías 38.1-5)
Bartimeu pediu a sua vista (Mateus 10.46-52).
Ana pediu a Deus um filho e foi atendida (1Samuel 1.27)
Jeremias pede a Deus que o livre dos seus inimigos (Jeremias 11.19-20).
Assim como Elias (1Reis 19.4,10).
Jacó reclama com tenacidade a bênção de Deus e obtém-na. (Génesis 32.26)
Gedeão pede um sinal de confirmação (Juízes 6.36-40).
Muitas são também as orações pessoais de David. (Salmos 61.1-2 / 73.26 / 143.1).
Jonas confessa a Deus o seu ressentimento (Jonas 4.1-4) e obtém uma resposta benevolente.
Saulo deveria ter requerido duma forma muito intensa a misericórdia divina para si próprio (Atos 9.11)
Jabez recebeu de Deus o que pedira. (1Crónicas 4-10)
Não devemos preparar os nossos próprios planos e em seguida pedirmos a Deus para os abençoar. É melhor uma fé simples, que consulta Deus primeiro; e depois formula planos de acordo com a Sua vontade.
Orar por tudo o que nos diz respeito significa que quando oramos procuramos conhecer a vontade do Senhor em relação a nós e saber como viver para Ele, por Ele e com Ele.
Como em tudo na vida, a atividade de oração apresenta determinadas dificuldades.
A vida cristã é uma marcha e uma batalha (Efésios 6.12 ; 2Coríntios 2.10-11), e onde a luta se intensifica mais é precisamente no campo da oração.
Uma das dificuldades mais comuns é o tempo disponível. Não tenho tempo , é a desculpa que o cristão moderno costuma apresentar.
No entanto há sempre tempo para coisas bem menos importantes, para não dizer: sem importância nenhuma.
A agitação a que a sociedade de hoje nos sujeita, por vezes deixa-nos pouco tempo e disposição para as ocupações do espírito.
Quem não tem tempo para orar, não tem tempo para nada que diga respeito a Deus.
Como poderemos superar esta dificuldade e dar à nossa atividade de oração um sentido metódico?
Primeiro, é bom que estabeleçamos uma hora para orarmos (Salmo 55.17).
Uma hora marcada faz com que regulemos a oração em relação ao tempo e ela assim caiba dentro de determinados períodos da nossa vida.
Para não nos esquecermos da hora destinada à oração podemos usar memorizadores: um autocolante no relógio, por exemplo, que está sempre visível e nos faz recordar; um apontamento na agenda; um sinal convencional bem situado, onde nós ponhamos a vista, enfim, tudo aquilo que nos ajude a lembrar o tempo certo que escolhemos.
O melhor tempo para oração é sem dúvida o da manhã (Salmo 5-3), quando ainda não atingimos o período do cansaço e da distração.
Pode-se argumentar que de manhã saímos a correr de casa, que o tempo não chega, mas uma oração completa e bem feita precisa de 5 minutos apenas.
Deitemo-nos 5 minutos mais cedo, poderemos também levantar-nos 5 minutos mais cedo e ter assim o tempo indispensável para orar.
Orar deve ser um contato estreito e direto com Deus, por isso é normal que se torne num ato contínuo, passando a ser assim afinal um estado de espírito.
Só assim é possível os nossos pensamentos estarem em permanente consonância com o Céu.
Devemos estar sempre prontos para a oração instantânea sempre que se nos deparem aflições, lutas e sofrimentos (Salmo 72.12 / 50.15).
Outra dificuldade que às vezes nos surge é a de arranjarmos um local propício para orar. (Marcos 1.35).
Embora o melhor local seja aquele que nos permite uma total evasão e concentração (Mateus 6.6), isso não impede que oremos em qualquer situação.
Não há tempo nem lugar impróprios para orar.
Quando Neemias está perante o rei Artaxerxes e este lhe faz uma pergunta crucial, ora instantaneamente sem se coibir ou incomodar. (Neemias 2.4).
Podemos isolar-nos, concentrar o nosso pensamento em Deus e encontrar plena comunhão com Ele, em meios adversos, através da oração.
Continua...