Se pudesses sentir
O que sente minha alma nesse momento!
Como quando me faço sentir a tua falta
E as lágrimas me tornam um tormento.
Fixa em mim a tua imagem quase sempre;
Ainda, que embaçada sob pesadas lágrimas
Faz notória a tua doce inefável presença,
Pois tu és tesouro que meu coração ansiava.
Pois há muito meus olhos não vira;
Nem com ouvidos eu percebera,
Algo que tanto, lhes encantava!
Amor, convicções, palavras de tamanha certeza.
Vieste ao encontro de um coração sedento.
Com alegria, fascínio e um sorriso nos lábios,
Saístes de ti e entrastes em mim;
Um feito sobrenatural, jamais realizado.
Apoderaste de mim por um espaço de tempo.
E por algum tempo, sei, ainda ficarás!
Pois, teus caminhos ainda são meus caminhos.
E perdido nos desertos desta minha vida,
Saindo ao meu encontro, vagando, me acharás!
Tentando ver na linha distante do horizonte
Um olhar fixado, perdido num ponto
Longe, distante, talvez tentando enxergar
Alguém que um dia sorrindo me dissesse!
Estar de braços abertos, estendidos
Num incontido desejo de me abraçar.
É por isso que ainda invoco o teu nome.
E tenho na memória o teu doce e lindo sorriso
Que alimentando-me renova minhas forças.
Faz-me crer que havendo um oásis, haverá um paraíso!
Jamais esconderá de mim o teu semblante
Pois não há nada que arrancará você de mim.
Faço-me teu, e sei que tu não és minha!
Agora me diz, por favor! Em meio a todo essa dor
Como poderei viver assim?
A.D.