_ A Discriminação da Velhice

Nada nos garante que temos pouco ou mais tempo de vida.
Temos passado, presente e futuro como qualquer vivente.

Com uma cesta de maçãs pronta para saboreá-las, deveremos aproveitá-las até ao talo.
São tantos os medíocres que me rodeiam, que tive que aprender a lidar com eles.
E em se falando de sentimentos, a inveja e as vaidades,

como outros sentimentos, fazem parte da alma do Ser humano.

É saudável reservar-se um espaço para conversar bobagens, aparentes futilidades;

até acompanhar as falas mentirosas e hipocrisias políticas, para termos um melhor discernimento.

Dar-se um tempo para conhecer, escutar, ajudar pessoas que nem fazem parte da nossa vida,

é fundamental, constitui um exercício para não sermos tão egoístas e egocêntricos.
Humilde para expressar qualquer sentimento, aceitar as nossas limitações, tropeços e desencantos,

significa maturidade e não tem a ver com a idade cronológica.
Para buscar-se a mais profunda essência das coisas da natureza, da vida, da morte e do além vida,

não precisa se ter pressa, ao contrário, só a calma poderá nos proporcionar esta capacidade.
Não importa que se tenha poucas ou muitas maçãs na cesta; muito ou pouco tempo de vida;

o que importa é conseguirmos ser a cada dia mais humanos, principalmente na convivencia

com as outras pessoas e sempre lembrando-nos: O humano está tão próximo da imperfeição!

- Em um passado longícuo, o grande Mario de Andrade disse:

"...O essencial faz a vida valer a pena e para mim, basta o essencial!" -

Hoje dentro de um contexto histórico-social bem diferentes,

poderíamos perguntar, EM QUE CONSISTE O "ESSENCIAL" NA VIDA?...
Aut.: Marilene Correia Cabral