como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança.
De imenso amor, de esperança louca!
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor
Esperadas, inesperadas
como a poesia ou o amor!
Alexandre O"Neill (1924-1986)