Tanto que por aqui chove!
A primavera chora, o dia entristeceu
e, na vidraça, a água que escorre
lava sonhos tão cinzentos como o céu.
Olho a chuva, espreitando à janela
e lembro um doce olhar, de mim ausente...
mas presente na noite em cada estrela
que na minha alma se acende.
Primavera de silêncios, de saudades
que a chuva acentua, nostalgia
de sentir presentes outras tardes
e saber ausentes esses dias...
E a chuve que escorre na vidraça
lava sonhos tão cinzentos como o céu,
nostalgia que se instala e jamais passa
na lembrança de um olhar que me esqueceu...