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Nos dias de solidão
Quando o sol brilha na escuridão
Procurei na névoa o brilho do seu olhar
E nos meus sonhos vi brotar o perfume dos horizontes.
Seus olhos penetrantes
Fortes e penetrantes
Azuis como topázios
Como lindas jóias.
Olhavam para os meus
E olhavam para os seus,
Sincronizados e vorazes
Em seus interiores desejos e vontades.
Feitiços laçados
Olhares fixados.
Já não resistiam mais um ao outro
Tomaram-se de amor encontraram-se,
Levaram suas bocas em uma eterna troca
Eram estímulos fogosos e calorosos.
Enfim tudo que sonhei era então realidade
Nos sonhos fui buscar sentido para aproximidade,
Nas areias os corpos sentiam a pele um do outro
Ao olhar das estrelas do céu testemunhas de amor.
Dei minha alma meu supro eterno de vida
Para que vós sugastes meu néctar de amor,
E nossos espíritos entrelaçados no espaço
A troca de fluidos foi maravilha sem temor.
Sem ao menos esperar o dia virou noite
Nossas energias e fluidos se espalharam,
Nossas palavras e juras de amor perderam-se
Entre o vazio do espaço da eternidade.
Agora voltei ao paraíso e toquei meus pés na areia
Molhada pelo mar que entrelaçou nossos corpos,
Toquei o ar à procura de seu calor
Perdido estava na ilusão do amor.
Onde esta você que não sinto seu calor?
A procura partiu a busca do nosso amor,
Vivo intensamente a entender por que
Jogastes-me fora, fui objeto e não amor.