LINHA DA VIDA
Sou uma réstia dum ser
Um pedaço de carne que por si sente dó
E que acabará sendo pó diluível
Sou... como uma sigla indecifrável!
Limito-me a viver
Não me preocupando em deixar um rasto
Pelo caminho que já não volta para o passado
Sou uma fissura de luz… no meu escuro instinto.
Caminho por linhas quase imperceptíveis
Por isso, vagueio lenta e cautelosamente
Procuro obter certezas que ninguém ousa
Sigo ciosa de cumprir todo o trajecto sem demora.
Mas a minha escolha nem sempre foi certeira
Por isso, tantas vezes chorei arrependida
Crente... muito mais em Deus do que em mim própria
Deixarei de caminhar por uma linha ténue e fina!