"Você me provoca, você me pertuba. Joga água e sai correndo.
Atira a pedra e me acerta de raspão.
Me espia no escuro e mostra a língua. Me xinga. Me atiça.Invade o meu sossego. Meu refúgio.
Pisa no meu ninho com os sapatos sujos. Na minha toca.
Sem saber o meu tamanho, até onde vai meu bote, você me provoca achando que não há perigo.
Sem conhecer a força da minha mordida, o tamanho dos caninos
Você me provoca sem esperar a picada. Sem saber que ainda
não inventaram antídoto pro meu tipo de veneno..."
By ..Caio Fernando Abreu..