Não me Detenhas!
O sol declina,
não se distingue mar e céu.
Ondas quebram-se
a derramar alvas sombras,
em possíveis cavernas sonoras.
Em seguida, rolam de volta,
a suspirar por sobre as pedras.
Uma árvore sacode seus galhos,
ao sopro do vento.
Uma chuva de folhas cai ao chão.
Acomodam-se em quietude.
Sombras escurecem o caule,
vez por outra, uma folha seca,
cai de um velho ninho.
Enquanto isso, parada,
olho estranhamente as ondas.
Pareço hipnotizada.
Olho e penso.
Deixa-me sonhar!
Espero o amanhã.
Tenho um coração no escuro,
quero levá-lo á luz,
sondar seus abismos.
Não quero assustá-lo,
não o desejo em gaiola.
Quero-o livre!!!
Quero-o livre á luz do sol,
a escutar o cantar dos pássaros,
sentir o exalar das flores no espaço.
Não me amedrontes ondas do meu mar.
Quero a liberdade!
Não me intimides o caminhar.
deixa-me liberta.
Lágrimas aguçaram minha visão.
Evita-me a dor, não me segures.
Sinto a terra cheia de rosas,
trilha do amor, perfumada,
vou seguir.
Não me detenhas com a suave música
do marulhar das águas.
Onda amiga deixa-me liberta-me...
Corpos seguem leis desconhecidas!
A vida me chama!
Amor.
®Ana Maria Marya
05/01/2008
Ita/Ba/Brasil
Olá amigos...
desliguem o som para ouvir e ver o vídeo!!!
vale a pena...
meu carinho,
Ana Maria