Eu sinto saudade de tanta coisa.
Dos aromas que um dia senti.
De uma brisa que passou por mim.
Do pisar em mato molhado.
Do barulho de uma chuva qualquer.
De uma conversa sem hora para acabar.
De um jeitinho tímido de sorrir.
Do abraçar mais infinito.
Do “bom dia” mais bonito.
Do sonho que termina quando acordo.
Do rolar na cama para te encontrar.
De um assobio, um piar até de um gritar.
Mas nada disso me deixa triste.
Não sou saudosista.
Nem sequer vivo no passado.
Muito menos no futuro.
Sou apenas um otimista que espera
o acontecer de tudo isso novamente
só que de um jeitinho diferente.
Emille Kisa