O tempo passa,
como brisa,
como vendaval,
tormenta, calmaria.
É o maior cúmplice das fantasias
quando se pensa em eternidade.
É o maior ilusionista da vida
quando se mostra infinito,
quando ancora nas nuvens
a inspiração.
O tempo é cruel no vazio da alma,
quando se sente saudade,
quando se faz imagens,
fantasmas que dançam na noite,
na falta do sonho,
nas horas de segredo,
nos planos calculados,
nos sobressaltos da estada.
O Tempo manobra a lida,
o amadurecimento
a visão de mundo
a idéia,
a liberdade
a posição,
o amor,
a confiança.
É capaz de curar a dor
mas impotente também se faz
nas horas que não se pode
congelar o amor,
o beijo,
o toque das mãos,
o olhar de quero mais,
o sorriso de perdão,
o abraço da volta,
o adeus,
a solidão.
~ * ~