Eterna solidão
Madrugada quente...
Quarto, artificialmente, frio...
Insônia cruel dominando a minha mente.
Fecho os olhos e me perco numa estrada
onde tenho a doce visão do teu rosto...
Imagino teus beijos...
e um alento invade a minha alma...
Sinto teus lábios úmidos unindo-se aos meus...
Enlouqueço com o serpentear
da tua língua buscando a minha saliva...
Aqueço-me no calor do teu corpo
e navego na maciez da tua pele...
Ouço o pulsar do meu coração em batidas descompassadas...
A paixão me invade...
e o desejo de te amar me domina...
Sussurro, em teu ouvido, delírios de amor e paixão...
Teu hálito quente prenuncia um orgasmo...
O rubor de tua face me enlouquece...
O clímax do nosso amor acontece...
Ejaculo delirando de prazer...
O telefone toca...
Abro os olhos e não te vejo...
Atendo na esperança de ouvir tua voz...
É o despertador anunciando que o dia amanheceu...
Volto a realidade...
Percebo, enfim,
Que passei mais uma noite
Amando-te na minha eterna solidão...
© Magno R Almeida
Obra registrada na Biblioteca Nacional
e protegida pela Lei 9610 de 19/02/1998