É quase Natal…
Na solidão de meu quarto,
Olho por entre a vidraça embaçada:
Luzes ao longe,
Sons de canções distantes,
Risos, preces, fogos a ribombar na imensidão…
Desolada, penso naqueles que me estão ausentes.
Natal frio. Triste, desolador.
Meu olhar se perde na escuridão da noite estiolada.
Olho, mas não vejo nada:
Nada à frente. Nada no futuro…
Por que estou só?
Volto o olhar ao passado,
Relembro os dias de glória,
De fama, poder, vitória…
Onde estão vocês,
Amores de verdes anos,
Amigos de toda hora?
Falhei, falhastes, falhamos,
Onde foi que deixamos
Nossos sonhos, amizades,
Enganos e desenganos?
Oriza Martins