Deixa-me dizer-te um segredo,
Bem pertinho do teu ouvido.
Murmurar-te palavras doces,
Suaves, quase em forma de sussurro.
Deixa-me depois,
Deslizar meus dedos por tua pele macia,
E acariciar teu peito, bem devagar.
Deixa-me arrepiar teu corpo,
Ouvir teus gemidos
Enquanto dizes meu nome,
Num quase sussurro.
Quero sentir entrares dentro de mim,
Sentir teus movimentos ritmados,
Continuados.....
Sentir o desejo aumentar de intensidade,
Numa paixão desenfreada,
Sem limites....
Até por fim, me beijares a boca,
Numa loucura completa....
Quero sentir, teu leite quente, alucinante,
Até por fim repousares em mim,
Extasiado num prazer completo,
Repleto de sentimentos
E desejos saciados.
Catarina Paula Camacho
SÓ NÓS DOISEntro na fantasia real dos nossos sonhos.
Olho seus olhos. Olhos nos olhos.
Olhares que marcam minha história.
E te beijo. E te envolvo.
O calor começa a fazer parte de nós.
Não sabemos o que dizer,
e na verdade as palavras não são
o mais importante no momento.
Ali, estatelados e deliciados, nos tocamos.
Quanta magia no momento!
Nossos lábios se entreabrem e não
conseguem pronunciar uma palavra sequer.
Apenas nossos toques nos dão o
tom exato do que vivemos.
Apenas nossos olhares nos calam a voz,
que naquele momento é completamente
absorvida pela emoção que sentimos.
É forte. Indescritível.
No abraço relembramos um momento
feito de amor e de sonhos.
No beijo voltamos o tempo já vivido...
Nossos corpos começam uma dança
erótica de inexplicável prazer.
Nossas mãos buscam um ao outro
ávidas de um desejo contido
e louco para explodir.
Nossas pernas tem início a um
movimento único, capaz de desmantelar
qualquer sombra que queira perdurar.
Nos desnudamos vagarosamente,
mesmo que aflitos para nos possuirmos.
Loucura!
O céu se abre num azul de perfeitas
ondas magnéticas que atrai nossos sexos
numa mesma direção.
Sussurros e delírios escapam de nossos
lábios e nosso amor se faz!
Nada mais importa no mundo lá fora,
porque o que nos importa
é o que vivemos ali... agora!
Nos entregamos numa
cumplicidade sem limite...
E vivemos.
Somos felizes.
Enfim!
MARCO MOTTA
Dizem que a gente tem o que precisa...
Não o que a gente quer.
Tudo bem...
Eu não preciso de muito.
Eu não quero muito.
Eu quero mais.
Mais paz.
Mais saúde.
Mais dinheiro.
Mais poesia.
Mais verdade.
Mais harmonia.
Mais noites bem dormidas.
Mais noites em claro.
Mais eu.
Mais você.
Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca.
Eu quero nós.
Mais nós.
Grudados.
Enrolados.
Amarrados.
Jogados no tapete da sala.
Nós que não atam nem desatam.
Eu quero pouco e quero mais.
Quero você.
Quero eu.
Quero domingos de manhã.
Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro.
Quero seu beijo.
Quero seu cheiro.
Quero aquele olhar que não cansa,
o desejo que escorre pela boca
e o minuto no segundo seguinte:
nada é muito quando é demais...
Caio F. Abreu