O silêncio me espreita.
O vazio de todas as coisas me olha...
Um total e absoluto vazio.
Esse esperar que não descansa.
Mas, esperar o quê?
E para quê?
Hoje, mais do que sempre, uma total ausência de azuis ou o brilho das estrelas.
Só esse imenso e total vazio.
A lua me espreita pela fresta da janela.
Mas, eu não queria esse silêncio.
Eu não queria estar só.
E não queria estar aqui.
De repente, um pensamento te traz pra mim...
Tento inutilmente conter minhas lágrimas.
Sinto tua falta!
Ouço tua voz gostosa no meu ouvido
Nas lentas horas da madrugada!
Segredos sussurrados...
Só nossos... Só teus... E meus...
Sinto tua falta!
Doce é a lembrança do carinho trocado...
Compartilhado...
Quentes são as palavras trocadas!
Mistério revelado na madrugada...
Hoje já não estás mais aqui,
E meu coração apertado lamenta o vacilo da razão!
Tive medo de entregar meu coração,
Fui covarde...
Não deixei explodir aquela paixão ...
Queria tanto tentar de novo...
Desejo que não depende mais de mim.
Ainda quero ser tua cúmplice de segredos,
Segurar na tua mão e deixar-me levar.
Talvez seja tarde... Talvez não!
Queria saber...
Porque sinto tua falta!!!
Carrego a tristeza na alma e a mágoa no peito...
Continuo a olhar o horizonte...
Conto as horas, os minutos e os segundos na esperança de ser a visão de alguém que veio ao mundo...
Só que este alguém ainda não encontrou no meu olhar o seu reflexo...
Faz tanto tempo...
e ainda sinto a tua falta!