"O amor não acaba.
O amor apenas sai do centro das nossas atenções.
Não é o sentimento que se esgota...
Somos nós que ficamos esgotados de sofrer,
ou esgotados de esperar,
ou esgotados da mesmice...
Paixão termina, amor não."
"Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou, externamente,
sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente."
"E quando acabou, foi como se todas as janelas tivessem se fechado às três da tarde num dia de sol.
Foi como se a praia ficasse vazia.
Foi como um programa de televisão que sai do ar e ninguém desliga o aparelho, fica ali o barulho a madrugada inteira, o chiado, a falta de imagem, uma luz incômoda no escuro.
Foi como estar isolada num país asiático, onde ninguém fala sua língua, onde ninguém o enxerga.
Nunca me senti tão desamparada."
“Se não era amor, era da mesma família.
Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados.
A carência.
A saudade.
A mágoa.
Um quase desespero."
"Eu nunca fui tão feliz como quando estive nos seus braços nos lugares mais contraditórios.
Ainda fico tonta e quase despenco quando percebo que nunca mais viverei de novo aquele arrebatamento.
Amei você de um modo que se você conseguir que outra te ame,
não desgrude dela, como permitiu que eu desgrudasse de você."
"Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar.
Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer,
e às vezes a única solução é inverter o jogo:
em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor.
Permitir-se recordar, chorar, ter saudade.
Um dia a ferida cicatriza e você,
de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la."
"Preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto,
cada deslumbramento que tenho é com você que sinto.
Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."