Naufrágio do amor
Mais uma vez estou só.
Seria sina de algum condenado
Que não merece o amor?
O que tenho eu de errado,
Por que meu coração a vagar
Sem medo, sem pudor e temor,
Não encontra o repouso desejado
Nas mansas águas da ternura?
O que o impele para o mar
Sem velas e navios, às agruras,
Feito criança entregue a sorte
Pronta para a vida e a morte?
Naufragando toda vez
Resgatada da insensatez
Na ilha da solidão,
Com as feridas
Que sangram doídas,
Dilacerando o coração.
É tudo o que me resta,
Nem choro nem festa,
Só o vazio que me devora,
E que me diz que não vai embora!
Minha alma emudeceu,
Meu corpo amorteceu,
Na garganta um nó.
Outra vez,
Mais uma vez,
Estou só.
Lídia Sirena Vandresen (13.02.08)
Seria sina de algum condenado
Que não merece o amor?
O que tenho eu de errado,
Por que meu coração a vagar
Sem medo, sem pudor e temor,
Não encontra o repouso desejado
Nas mansas águas da ternura?
O que o impele para o mar
Sem velas e navios, às agruras,
Feito criança entregue a sorte
Pronta para a vida e a morte?
Naufragando toda vez
Resgatada da insensatez
Na ilha da solidão,
Com as feridas
Que sangram doídas,
Dilacerando o coração.
É tudo o que me resta,
Só o vazio que me devora,
E que me diz que não vai embora!
Minha alma emudeceu,
Na garganta um nó.
Outra vez,
Mais uma vez,
Estou só.
Lídia Sirena Vandresen (13.02.08)
A sua ausência me invade o peito
Uma negra sombra me faz prisioneira!
Que lindo estar nos teus braços daquele jeito,
Momentos de ternura que não passam,
Ainda sinto o gosto de teu beijo,
Ouço o eco da voz enternecida de desejo.
Tenho refletido na alma aquele olhar
Que, mudo, disse-me tanto de amor,
Levando-me a sonhar,
Debruçando-se em torpor.
Agora, apenas saudades,
Em forma de dor que me invade,
Doída,
Na espera infinita de ti,
Guardo-me da vida
Reclusa, aqui...
Onde me tens,
Enquanto não vens!
Lídia Sirena Vandresen (03.05.08)
Mais uma vez estou só
O coração a vagar
Entre o céu e o mar
Naufragando outra vez
Na ilha da solidão.
É tudo o que resta,
Nem choro nem festa,
Só o vazio que devora
E não vai embora.
Minha voz se calou,
A lágrima secou,
Na garganta um nó.
Mais uma vez... Estou só.
Lídia Sirena Vandresen (16.05.08)
O coração a vagar
Entre o céu e o mar
Naufragando outra vez
Na ilha da solidão.
É tudo o que resta,
Só o vazio que devora
E não vai embora.
Minha voz se calou,
A lágrima secou,
Na garganta um nó.
Mais uma vez... Estou só.
Lídia Sirena Vandresen (16.05.08)