Estás tão longe de mim...
Fica doendo aqui,
Dentro do peito, onde ninguém
Pode ver essa dor me consumir.
As lágrimas são inevitáveis...
Como dói tua ausência sentir!
Bate-me um desespero
Queria correr e te ver
De qualquer jeito.
Às vezes te sinto na brisa... te ouço...
Agora que escrevo sobre ti
Imagino teus olhos fitos em mim,
Tuas lágrimas a cair
Por ver as minhas e não
Poder enxugá-las, tão pouco
Tocar em mim.
Como tenho saudades,
Saudades de ti...
Acordo repentinamente com o toque
da leve brisa que adentrava minha janela.
Brisa que levantou minhas pálpebras e alvoroçou a tempestade que carrego dentro em mim.
Meus lábios estão secos pelo frio,
tento umedecê-los, então, lembro-me de você.
Sempre me sussurravas que eles te sorviam
em delícias, que eram ondas que te afogavam.
Quando vagueava com eles pelo teu corpo
de fato o desejo te consumia.
Aspirava sempre sentir teu prazer
e incansável ficava a te percorrer.
E assim são meus dias,
desde o amanhecer ao alvorecer,
tudo que penso, tudo que faço me traz você...