Se me deixar teus olhos,
sentirei tua ternura,
brilhando como as estrelas...
Se houver lágrimas,
as secarei gentilmente,
como a brisa a te acariciar,
para sentir fortemente
todo amor que posso dar...
sentirei tua ternura,
brilhando como as estrelas...
Se houver lágrimas,
as secarei gentilmente,
como a brisa a te acariciar,
para sentir fortemente
todo amor que posso dar...
Se ficar teus braços,
neles me alojarei,
sentindo o conforto,
do abrigo encontrado,
do abraço apertado
para sempre lembrar...
Tuas mãos inclinadas
teu toque suave,
com carinho tatuado,
meu peito marcando,
minha’lma tocando,
como a flauta a soar...
Se me deixar tua boca,
teu sorriso será meu tesouro...
Se ficar teus cabelos,
acariciarei para que adormeça...
Se me deixar tua voz,
dela farei meu caminho...
Que segurei junto a ti
sem receio de que vás partir...
Se ficar o silêncio,
celebraremos momentos,
onde gritos de alegria,
ecoou no firmamento...
Se ficar tuas pegadas,
dela farei minha estrada,
onde buscarei,
pedaço de ti,
tudo de mim...
Fernanda Queiroz
Recolho meus versos...
Os que despejei aos teus pés
e me devolveste o reverso,
um versejar sem alma, perverso.
Transmuto-me ao meu inverso...
Deixo de ser eu.
Sou aquela que me perdeu,
que desfez seu pacto com a lua
e o encanto esmoreceu.
E agora, sem poesia, anda nua...
Sem ter porque se inspirar,
a quem amar, onde ancorar.
Anda a esmo...
nem por si mesmo
é capaz de se edificar.
Apago as estrelas...
Seu brilho já não me diz nada.
No céu, a luz apagada
transpassa pela madrugada
varando uma manhã nublada.
Me encolho feito caracol
sem ver o sol...
só há sombra
e eu...
só.
Os que despejei aos teus pés
e me devolveste o reverso,
um versejar sem alma, perverso.
Transmuto-me ao meu inverso...
Deixo de ser eu.
Sou aquela que me perdeu,
que desfez seu pacto com a lua
e o encanto esmoreceu.
E agora, sem poesia, anda nua...
Sem ter porque se inspirar,
a quem amar, onde ancorar.
Anda a esmo...
nem por si mesmo
é capaz de se edificar.
Apago as estrelas...
Seu brilho já não me diz nada.
No céu, a luz apagada
transpassa pela madrugada
varando uma manhã nublada.
Me encolho feito caracol
sem ver o sol...
só há sombra
e eu...
só.
Carmen Lúcia