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Te peço apenas...
Que me deixe te amar...
Algemei meu coração ao teu, sou agora
prisioneira das tuas correntes de paixão...
Te peço apenas...
Que deixe adentrar-te...
Não apenas tua carne, mas tua alma...
Aquietar em tua luz minha solidão...
Te peço apenas...
Que me permitas andar
por teus caminhos, passear entre tuas
loucuras sem roubar-te a liberdade...
Te peço apenas...
Uma réstia de teu brilho...
Um pedaço de arco-íris, para iluminar...
Colorir as sombras de minha saudade.
Te peço apenas...
Uma fotografia pequena
para alimentar meus olhos famintos
tatuando tua imagem em meus sonhos...
Te peço apenas...
Um tênue beijo roubado...
Saciar-me do vício que tenho de você...
No perfume que exala de tua pele...
Te peço apenas...
Um bocadinho de você...
Um breve momento de teu tempo
fará feliz todo o meu viver...
AlexSimas
Trôpego cambaleio por entre destroços da alma esfacelada,
o coração me chuta o peito em agonia, ensandecido mordo
os lábios na vã tentativa de arrancar o gosto de teus beijos
apenas sonhados e sinto somente o ocre sabor do sangue.
O espectro de teus olhos na fotografia parece zombar
de mim, e eu agora fantasma perdido na legitima tristeza
disso tudo me olho no espelho e qual vampiro não mais
enxergo o meu reflexo, pois que não passo de um zumbi,
um morto vivo, uma pálida lembrança do que um dia fui
tal qual a flor ressecada perdida entre as paginas de um
livro esquecido na estante empoeirada da sala escura.
A minha inútil realidade afunda-se na movediça areia da
maldição que se tornou o miserável resto de vida ao qual
agarro-me em vão na tentativa de fugir das trevas que me
envolve com os férreos braços da tristeza e me devora o
espírito definhando minha carne.
Tranquei todas as minhas sensações na gaveta junto com
os soluços e as poesias que nasceram do aborto estúpido
de uma alma estuprada pela crença do amor perene.
E pela casa as sobras, os restos despedaçados de minha
fútil inocência embriaga-se com o álcool destilado de suas
próprias lagrimas e dos sucos do gozo que nunca viveu, e
na torpeza ébria em que se refugia da lancinante dor de
suas putrefatas chagas prostitui-se como única forma de
suportar o resto da miserável existência que lhe resta.
AlexSimas