SELVAGENS CRIATURAS
Quando os meus dedos percorrem os teus lábios, docemente...
Quando os teus lábios comprimem os meus, selvagemente...
Quando mergulho meus olhos no abismo do teu olhar...
Quando me afrontas com malícia, a me arrebatar...
Quando abro a tua camisa com sofreguidão...
Quando ergues meu vestido, em erupção...
Quando as marcas rubras de hoje, amanhã são roxas...
Quando mortos de desejo, entrelaçamos as nossas coxas...
Quando somos um, rolando pela cama atarracados...
Quando nossos corpos estremecem de prazer, convulsionados...
Quando a tua seiva, com a minha se mistura...
Somos nesta hora macho e fêmea, selvagens criaturas,
Ou deuses, no cumprimento da lei mais pura!!!
Fátima Irene Pinto