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Alcoolismo
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O consumo excessivo e prolongado do álcool provoca os seguintes efeitos sobre o organismo humano:
-Acção sobre o tubo digestivo e estômago: as mucosas do tubo digestivo e estômago ficam em contacto directo com o álcool. Este contacto, sobretudo se exagerado e frequente, provoca irritação da mucosa gástrica, que pode degenerar em inflamação e ulceração, devido ao álcool provocar aumento de secreção gástrica e pancreática. O álcool ingerido em concentrações elevadas diminui as secreções, ou inibe a transformação dos alimentos.
-Acção sobre o fígado: o fígado fica igualmente em contacto directo com o álcool, visto que é neste órgão que começa a sua transformação. A acção nociva do álcool produz a "cirrose alcoólica" no decurso da qual as células do fígado vão desaparecendo progressivamente para serem substituídas por tecido escleroso.
-Acção sobre o sistema nervoso central: o álcool perturba o funcionamento normal do sistema nervoso central. A sua acção é a de um anestésico. Esta depressão gradual das actividades nervosas, devida ao álcool, atinge os centros nervosos pela ordem inversa da sua evolução, quer dizer, começando pelos centros que comandam a capacidade de ajuizar, a atenção, a autocrítica, o autodomínio, a locomoção, para terminar naqueles de que depende a vida orgânica. Num primeiro estado, o indivíduo, após ter bebido alguns ml de álcool, parece ter comportamento normal, mas observado atentamente, apresenta reflexos cuja rapidez e precisão estão um pouco diminuídos. A alteração dos centros inibidores aparece num segundo estado. O indivíduo experimenta uma sensação de bem-estar, de euforia, de excitação, por vezes com uma quebra variável do controle que normalmente exerce sobre as suas palavras, sobre a sua coordenação muscular e locomotora e sobre as suas emoções. Num terceiro estado acentuam-se estes sintomas, havendo uma imprecisão dos movimentos, descontrole nas frases que diz, no andar, na audição e na visão. Num quarto estado, uma intoxicação mais profunda do sistema nervoso segue-se à embriaguez, após um período em que se agravam os seguintes sintomas: alucinação, excitação motora desordenada, perda da sensibilidade e da consciência. Sobrevem um sono com perturbações da respiração e da circulação, seguida de coma alcoólico que pode ser mortal. As quantidades de álcool que podem provocar estes estados sucessivos variam de indivíduo para indivíduo.
O alcoolismo é uma doença
Porque é que o alcoolismo é uma doença física? O alcoólico sofre de uma péssima alimentação e má nutrição; deficiência em vitaminas, dispepsia, hepatopatia, desidratação. Apresenta além disso sintomas nervosos diversos; tremuras, cefaleias, alteração da memória.
Porque é que o alcoolismo é uma doença psíquica?
Porque o alcoólico tem necessidade de álcool para aceitar a realidade;
Porque tem tendência a fugir às responsabilidades;
Sofre de angústia, é agressivo, resiste mal às frustrações e às tensões;
Porque nele o nível de consciência, enquanto racionalidade tende a baixar, levando-o a uma conduta impulsiva.
Porque é que o alcoolismo é uma doença social? É o aspecto mais aparente do alcoolismo:
Negligência perante a família;
Divórcios numerosos entre os alcoólicos;
Frequentes perdas de emprego;
Perdas dos velhos amigos que continuem sóbrios;
Problemas financeiros... recurso às organizações sociais;
Agressividade perante a sociedade;
Dificuldade em colaborar numa obra comum.
Porque é que o alcoolismo é uma doença moral?
Porque o alcoólico esquece normalmente a sua vida espiritual;
Porque não respeita as suas obrigações perante a família, os colegas de trabalho, a sociedade;
Porque perde todo o senso moral.
Tratamento
Se o alcoólico é um doente, é necessário persuadi-lo de que a sua doença se pode tratar. Evitemos, portanto, considerá-lo como um viciado ou um fraco de espírito. As repreensões, o ridículo, os sermões, as atitudes protectoras, só fazem com que ele continue a beber. Há, sobretudo, que ajudá-lo a eliminar ou minimizar as causas que o levaram a encontrar lenitivo na bebida. Existem várias instituições onde as pessoas com problemas de alcoolismo podem encontrar ajuda médica ou psicológica específica, e outras em que podem desfrutar de convívios ou reuniões de entre-ajuda (alcoólicos anónimos).
Marilia Santos