Tu foste acaso que virou Destino,
Desatino;
Destino traiçoeiro
do acaso me fez prisioneira;
Prisioneira de ti,
Prisioneira de mim,
Prisioneira de nós;
Prisioneira de um destino ladino.
Teus abraços são como grades
A me prenderem a esse acaso,
forçando meu destino.
Tuas mãos algemam meu querer-te,
Forçando meu destino e a fome de ti;
fome dos teus beijos,
das noites cheias de desejo;
De teu corpo ardente,
da tua respiração fremente,
de tua boca a beijar-me gulosamente,
de teus anseios insaciáveis,
de tuas mãos infatigáveis...
Surgiste do nada,
por acaso,
E, fez-se presente,
Fez-se urgente,
Fez-se terno e eternamente;
Do acaso, virou destino;
Eterno e terno!
Samany lua
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