Mais uma razão para a vitamina D ser reconhecidamente fundamental. O hormônio tem demonstrado impacto positivo em pessoas com diabetes do Tipo 1 e 2. No caso do tipo 1, em altas doses de sua forma ativa, a vitamina D é capaz de prevenir a doença. Um estudo desenvolvido por cientistas da Bélgica e da Itália, que teve os resultados publicados no “American Diabetes Association Journal”, apontou que pelo fato das próprias células do sistema imunológico converterem localmente a vitamina D para a sua forma ativa, pode se verificar que o hormônio – em sua forma dietética – poderia prevenir a doença.
Foi realizada a administração dietética regular de vitamina D em ratos não obesos, mas com carga genética de diabetes, durante períodos diferentes da vida e foi constatado que a suplementação vitamínica pode impedir com segurança o diabetes tipo 1. De acordo com os autores, o estudo provou que altas doses regulares de vitamina D3 dietética podem prevenir a doença, mas é necessário rever a administração destas doses de forma equivalente em seres humanos.
Trabalhos também demonstram que níveis baixos da substância estão relacionados a uma disfunção ligada à origem da doença chamada resistência à insulina. No caso da diabetes tipo 2, a insulina não consegue cumprir sua função corretamente e o resultado é o acúmulo de glicose na circulação sanguínea, o que caracteriza a enfermidade. Pesquisadores da Universidade do Texas mediram os níveis da vitamina, de glicose e de insulina no sangue de 411 crianças obesas e 87 não obesas para realizar um estudo que descobrisse a relação entre este hormônio e a doença. De acordo com os resultados, as crianças obesas com níveis mais baixos do composto tinham maior grau de resistência à insulina. Em adultos, a realidade é a mesma. Publicado na revista “Diabetes Care”, o estudo mostrou que pessoas com pequena quantidade da substância apresentavam 32 vezes mais resistência à insulina do que a média dos voluntários avaliados.
Já em relação às doenças cardiovasculares, existe um estudo publicado no “American Heart Association”, no qual pesquisadores da Universidade do Kansas descobriram que baixos níveis de vitamina D estão associados a um risco significativamente maior de ataques cardíacos e de morte precoce. Foi possível observar que, em pessoas com baixos níveis sanguíneos de vitamina D, aumenta-los com suplementos diminuiu por mais da metade o risco de uma pessoa de morrer por qualquer causa em comparação com alguém que permaneceu deficiente.
É preciso entender que a vitamina D participa do controle das contrações do músculo cardíaco, necessárias para bombear o sangue para o corpo, e também permite o relaxamento dos vasos sanguíneo. Além disso, influencia na produção do principal hormônio regulador da pressão arterial, a renina. Considerando a falta da vitamina D, sabemos que ela pode levar ao acúmulo de cálcio na artéria, favorecendo o risco de formação de placas. Considerando estas questões, é possível concluir que as chances de desenvolver doenças cardiovasculares como insuficiência cardíaca, derrame e infarto são maiores em pessoas com deficiência de vitamina D. !