Espelho cego
Onde a face de prata
e cristal puro,
e aquela deslumbrante
exatidão,
que revela o mais
breve aceno obscuro.
e o compasso das
lagrimas, e a seta
que de repente
galga os céus do olhar
e em margens
sobre-humanas se projeta?
Onde, as auroras?
Onde, os labirintos
- e o frêmito,
que rasga o peso ao mar
- e as grutas,
de áureos lustres e aéreos plintos?
Ah – que fazes do
rosto que te entrego?
- Musgos imóveis
sobre a sua luz...
Limos... Liquens...
– Opaco espelho cego!
® Cecília Meireles
In: Poesia Completa
Dispersos (1918-1964)
1954
·٠•●●✿Só ραℓα√яαﻛ иãσ мع ιℓυ∂عм...
α†ι†υ∂عѕ мع ¢σиqυιﻛ†αм...!!!✿●●•٠·
Surpreenda-me...
Feliz é aquele que:
no final do dia consegue
ouvir os aplausos de
sua consciência...
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