O Senso do "EU"
O senso do "EU" se localiza no cerne do cérebro. Além da anatomia externa, aparecem inúmeras regiões profundas que são responsáveis pelo ajuste homeostático, emoção, vigília e o senso do "eu" .
Células Gliais
Resumo Células Gliais
Por décadas, neurocientistas acreditaram que os neurônios eram os responsáveis por toda a comunicação no cérebro e sistema nervoso e que as células gliais, embora nove vezes mais numerosas que os neurônios, apenas os alimentavam.
Novas técnicas de imagem e instrumentos de “escuta” mostram que as células gliais se comunicam com os neurônios e umas com as outras sobre as mensagens trocadas pelas células nervosas. As células gliais são capazes de modificar esses sinais nas fendas sinápticas entre os neurônios e podem até mesmo influenciar o local da formação das sinapses.
Devido a essa proeza, as células gliais podem ser essenciais para o aprendizado e para a construção de lembranças, além de importantes na recuperação de lesões neurológicas. Experiências para provar isso estão em andamento.
Receptor NMDA
A ativação do receptor NMDA induz a potencialização a longo prazo [LTP], um modelo para a memória. A liberação do neurotransmissor glutamato [quatro à esquerda] abre um canal associado a um receptor não-NMDA [N-metil-D-aspartato], permitindo o influxo de sódio, que despolariza o neurônio. Se uma nova liberação de glutamato ocorrer enquanto a célula estiver despolarizada [quadro central], o receptor NMDA abre um segundo canal, que permite o influxo do cálcio e leva à LTP. A LTP é resultado do aumento de influxo de sódio através do canal associado a um receptor não NMDA [quadro à direita] e do subseqüente aumento da despolarização da célula.
Vaso Sanguíneo Cerebral
Os sinais imunes do cérebro via corrente sangüínea podem ocorrer direta ou indiretamente. Células imunes como os monócitos, um tipo de célula branca do sangue, produzem um mensageiro químico chamado interleucina-1 [IL-1], normalmente incapaz de atravessar e barreira hêmato-encefálica. Porém, sangüíneos cerebriais têm junções porosas que permitem que as moléculas de IL-1 alcancem o cérebro. Lá elas podem ativar o eixo HPA e outros sistemas neurais. A IL-1 também se liga a receptores nas células endoteliais que se alinham na parede dos vasos sangüíneos cerebrais. Essa ligação pode fazer com que as enzimas dentro das células produzam óxido nítrico ou prostaglandinas, que se difundem pelo cérebro e agem diretamente nos neurônios.
Celulas Gliais
Como as células gliais se comunicam? Células gliais denominadas astrócitos (a) e neurônios sensitivos (que não aparecem) foram misturados em um meio de cultura contendo íons cálcio. Quando um neurônio foi estimulado a disparar potenciaus de ação por seus longos axônios ("relâmpagos") (b) , as células gliais começaram a se iluminar, indicando que haviam percebido a mensagem e começado a absorver cálcio. Depois de 10 e 12,5 segundos (c e d), enormes ondas de fluxo de cálcio atravessavam o local, corregando sinais entre muitos astrócitos. As concentrações de cálcio aparecem na ordem crescente em verde, amarelo e vermelho.