O ex-boxeador Adílson Maguila revelou nesta terça-feira que foi diagnosticado com o Mal de Alzheimer, doença degenerativa que não tem cura. Em entrevista publicada pelo jornal Diário de São Paulo, Maguila conta que o diagnóstico aconteceu há cerca de dois anos, feito por um médico da família. No entanto, ele resiste ao tratamento até hoje.
"Fiz exames no Hospital das Clínicas e o médico disse que eu tenho Alzheimer e diabetes. Mas eu acho que é mentira porque isso causa esquecimento e eu não esqueço de nada", disse Maguila, atualmente com 53 anos.
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O mal de Alzheimer é uma forma de demência decorrente de uma doença progressiva e degenerativa do cérebro. Afeta a memória, o pensamento e o comportamento. Leia mais
Campeão mundial de boxe em 1995, Maguila lembrou, porém, que sua mãe também apresentou o mal, que causa perda gradativa da memória. "Ela morreu com Alzheimer, aos 89 anos. Reconhecia os filhos, mas, às vezes, demorava um pouco", afirmou o ex-boxeador.
"O médico me passou remédio, mas eu disse para rasgar tudo. Já estou com 53 anos e não sinto nada. Não desafio nada, mas, se sentir algo, vou me cuidar. Você vai tocando o barco até quando Deus quiser", resumiu Maguila, que já se arriscou em diversas áreas após a aposentadoria no esporte. Entre outras atividades, gravou um álbum dedicado ao samba e se candidatou a deputado federal em 2010.
Durante sua carreira no boxe, além do título mundial, seus principais feitos foram as lutas contra os norte-americanos Evander Holyfield, em 1989, e George Foreman, no ano seguinte. Em ambas o brasileiro saiu derrotado, mas ficou na história do boxe nacional.
À parte da revelação da doença, Maguila também deu sua opinião sobre o MMA. "Eu não gosto, não. Pra mim, é briga de rua. Você joga o sujeito no chão e fica batendo", disse. Mas o ex-boxeador elogiou o atual campeão dos médios do UFC, Anderson Silva, que brilhou recentemente no evento do Rio de Janeiro. "Na área dele, ele luta bem e está de parabéns pelo que faz.”