Os antipsicóticos são eficazes no alívio dos sintomas da esquizofrenia em 70% dos casos.
Alguns deles, conhecidos como antipsicóticos típicos, inibem fortemente os receptores D2 da Dopamina das vias dopaminérgicas ligadas ao Sistema límbico do cérebro, e o seu sucesso constitui uma forte evidência da importância das alterações bioquímicas na patogenia da doença conhecida como hipótese dopamínica (que talvez sejam uma resposta secundária a eventos causadores da doença como o são as alterações comportamentais). O exemplo mais usual de antipsicótico típico é o haloperidol e a clorpromazina.
Outros inibem fracamente os receptores D2 da Dopamina, tendo ação inibidora serotoninérgica simultânea, conhecidos como antipsicóticos atípicos (clozapina por exemplo). Estes têm um sucesso maior sobre os casos refratários ao tratamento com antipsicóticos típicos ou sobre os casos com sintomatologia negativa predominante. Como leva a agranulocitose em cerca de 1% dos casos, deve ser conduzido um hemograma periódico conjuntamente à utilização da droga. Existe uma nova geração de antipsicóticos atípicos que não originaria agranulocitose como a risperidona e a olanzapina, que devem ser utilizados como primeira escolha por pacientes psicóticos, exceto nos casos em que o fator sócio-econômico tiver peso dominante (o custo de aquisição da droga é alto). Os antipsicóticos atípicos, justamente por agirem fracamente sobre os receptores D2, são uma evidência contrária à hipótese dopaminica.
Referências
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[editar] Referências Bibliográficas
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[editar] Ligações externas
Bleuler, Eugen: Dementia praecox oder Gruppe der Schizophrenien. Leipzig und Wien: F. Deuticke 1911
www.esquizofrenia.org - Notícias sobre esquizofrenia Visitado em 25/01/09
Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia - ABRE Visitado em 25/01/09
Portal Entendendo a Esquizofrenia Visitado em 25/03/09