Guerreira
Sou da paz
mas a vida sempre traz
a guerreira que vive em mim.
Minhas lutas
infindáveis lutas
se travam em terrenos invisíveis
em estados indizíveis
além do bem e do mal.
Mesmo sendo pacífica
Às vezes sou maléfica
mesmo vivendo a fada
Às vezes ajo como bruxa
porque as fadas só criam
são observadoras frias
não julgam apaixonadas
nunca interferem em nada
e só podem ver o lado bom.
A bruxa que vive em mim
reconhece o mal
percebe o sinal
e tenta intervir
modifica o posto
transforma o rosto
e nem sempre está a rir.
Às vezes gargalha
e sempre chacoalha
a guerreira que vive em mim
e saio a campo
entoando o canto
que é mais grito e pranto
que pó de pirilimpimpim
mas cultivo a guerreira
por mais que às vezes queira
simplesmente existir...
e me visto pra guerra,
porque viver aqui na terra
É uma luta sem fim.
(Victtoria Rossini)